Arquivo da categoria: Contos e Prosas

Textos literários ou da cultura popular que considero interessantes

Felicidade Autêntica

Recentemente tenho trabalhado tanto que sobra pouco tempo para pensar na vida e,  todos nós sabemos, que no fim, é a vida que importa.

Então me permiti parar um pouco para refletir sobre a vida. Foi quando lembrei desse vídeo que esbarrei no lugar mais improvável: dentro de um curso de engenharia de software. Falei sobre o curso no começo do ano (ver aqui).

O prof. David Patterson (Berkeley UC) abre uma pausa de forma incomum, mas totalmente sensacional, para falar sobre a vida, em especial sobre felicidade. Citando o livro de um psicólogo, ele mostra com a vida dele se apresenta em relação ao que o autor considera elementos chave para a busca da felicidade autêntica:

  1. trabalhar no que se gosta;
  2. manter o hábito de brincar;
  3. buscar a espiritualidade;
  4. praticar a caridade;
  5. cultivar família e amigos;

Clique aqui para ver o vídeo. Tomara que o vídeo o ajude a refletir sobre a vida como ocorreu comigo. Seja feliz!

 

 

A carroça vazia

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
– Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
– Estou ouvindo um barulho de carroça.
– Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia.
Perguntei ao meu pai:
– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar que é o dono(a) da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
“Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz…”