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Assuntos relacionados à tecnologia.

Uma revisita sobre a linguagem XML

Há uma década a linguagem XML apontava como uma revolução na forma de representar dados. Após mais de 10 anos, o que podemos observar?

Bem, de fato o XML tornou-se pervasivo nos sistemas de computação. Alguns usos mais comuns são em: (1) arquivos de configuração – p.ex. em frameworks como struts, spring e hibernate -, (2) definição de sistemas – JasperReports – ; e (3) transporte de dados – principalmente pela popularização dos WebServices. Mas também, relembrando aquele tempo, houve muito exagero: alguns afirmavam com alto grau de certeza que, a esta altura, as linguagens de programação estariam abolidas e programaríamos exclusivamente em XML; Java, .NET, VB, etc. seriam meras plataformas para as quais códigos definidos em metaprogramação XML seriam transformados.

Um dos melhores artigos do assunto, que tive a oportunidade de reler, é o “XML: We Ain’t Seen Nothin’ Yet”, de A. Russell Jones. Acesse o link aqui.

As diferentes formações em computação

Até mesmo quando ingressei num curso de informática  não estava claro para mim os diferentes cursos de formação que havia no mercado. Eu acabei cursando o tecnólogo em processamento de dados na PUC-RIO, o que fez toda a diferença na minha formação.
Para aqueles alunos e ingressantes na informática que têm dúvidas sobre qaul curso escolher, recomendo fortemente essa reportagem da revista eletrônica Olhar Digital. Espero que lhe seja útil ao escolher o seu curso.
Para a modalidade tecnólogo, o site oferece um artigo detalhando as diferenças dessa modalidade das demais. Aproveite!

http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/programa-352—22-01-2012

A passagem de Dennis Ritchie

É com pesar que recebo a notícia da passagem de Dennis Ritchie. Ele criou a mais famosa linguagem de programação – a linguagem C – a partir da qual várias outras linguagens contemporâneas derivam. Triste notícia uma semana após a passagem de outro ícone da computação.

http://drdobbs.com/cpp/231900742?cid=DDJ_nl_upd_2011-10-13_h

Além da linguagem C, Ritchie é considerado o pai do UNIX, o sistema operativo que marcou época e que é a influência de quase todos os sistemas que existem atualmente.

Em resumo, a contribuição de Ritchie para a computação é inestimável.

Obrigado Ritchie por tudo! Vá em paz e que Deus esteja com você.

A passagem de Steve Jobs

Vá em paz Steve Jobs! Você foi a inspiração para uma geração de engenheiros em tecnologia. Minha vida na computação nasceu em um Apple; ou,  a bem da verdade, um clone do Apple, como era comum da época da reserva de mercado no Brasil. O ano era 1987 e a verdade é que aquela pequena máquina revolucionou minha vida e traçou o destino da minha carreira profissional nos anos seguintes.

Reservado, arrogante, odioso, brilhante… são vários adjetivos atribuídos a Jobs. Na minha opinião, altamente influenciada pelo que Steve significou em minha vida, ele tinha como melhor a capacidade de inspirar as pessoas; em parte, sou produto dessa inspiração.

Obrigado Jobs, por tudo o que você fez por mim e por toda a comunidade de computação.

Vá em Paz! Que Deus e Buda estejam com você!

Em tempo: quando chegar aos Céus, ajude-me a esclarecer de uma vez por todas o que é “Computação na Nuvem” :-)

Homenagem a Steve Jobs

OpenOffice x LibreOffice

Ao instalar a versão mais recente do Ubuntu (11.4), descobri que o pacote de escritório havia sido alterado: do OpenOffice para um tal de LibreOffice. Isso foi uma surpresa um pouco chocante para mim. Tenho dezenas de documentos escritos no OpenOffice. Em todos os lugares onde trabalho, o Microsoft Word foi substituído pelo OpenOffice, ou sua versão nacionalizada, o brOffice.

Pesquisei rapidamente e descobri que o LibreOffice é um “fork” do OpenOffice. O grupo “The Document Foundation”, que atuava em conjunto no desenvolvimento do OpenOffice, descontente com os rumos que a Oracle estava dando ao projeto, resolveu se separar e montar a iniciativa independente.

Todos temíamos que a Oracle, uma empresa que sempre atuou com software proprietário, seria inábil a liderar um projeto de software livre. Aparentemente, as preocupações estão se materializando; o LibreOffice é uma prova disso.

Por favor compartilhe comigo sua opinião.Você adotará o LibreOffice? Você teme os rumos que a Oracle está dando ao OpenOffice?

Link do LibreOffice: www.libreoffice.org

Se meu Kindle falasse

Como muitos dos consumidores de tecnologia, sempre recorro à internet antes de decidir pela compra deste ou daquele produto. Durante a pesquisa, procuro identificar opiniões isentas de interesses comerciais. Por exemplo, será que todas as resenhas postadas no site da Amazon, no caso sobre o Kindle, são totalmente livres de moderação e refletem, de maneira íntegra, as opiniões dos clientes do produto? Será que a empresa não dá destaque àqueles comentários mais elogiosos? Não estou querendo com isso levantar dúvidas sobre a lisura da Amazon, mas me sinto compelido a acreditar que a empresa tende, por motivos naturais, a evitar comentários que possam ser prejudiciais à imagem do seu produto.

Posto isso, coloco aqui em meu blog minha opinião – isenta de qualquer interesse que não seja a verdade sob meu ponto de vista –  para ajudar os incautos consumidores em busca de uma melhor visão do produto, que proporcione uma decisão de compra com melhor embasamento de informações. Essas minhas notas são feitas dois meses após adquirir o meu Kindle, versão 3, de 7 polegadas, modelo que só possui Wi-Fi.

O produto impressiona pelo diminuto peso, duração da bateria e pela clareza com que as letras são apresentadas na tela. Fiquei positivamente contente com o que obtive por módicos R$ 260,00 pelos quais o produto pode ser adquirido se trazido dentro da cota de U$ 500 por um turista em visita aos EUA. Entretanto, tinha expectativas que foram frustadas logo no primeiro livro que adquiri: “O mítico homem-mês”, de Frederick Brooks; ou “The Mythical Man-Month”, título em inglês, que foi o que adquiri no site da Amazon. Vamos listar as desvantagens:

– O aparelho é péssimo para visualizar imagens: alguns figuras no livro mencionado eram praticamente ilegíveis no dispositivo. Embora alguns produtos no site na Amazon alertem claramente para a não adequação do título para leitura no e-reader, não era o caso deste livro que comprei.

– O formato proprietário AZW: embora o aparelho suporte alguns formatos além deste proprietário, não suporta o formato  ePub, que está sendo o adotado por várias editoras nacionais. Ou seja, se o livro não for vendido pela Amazon, você só o poderá ler no Kindle se transformar para um dos formatos suportados (PRC e MOB, por exemplo).

– Pouca disponibilidade de títulos em Português: consequência do item citado anteriormente.

– PDF formatado com A4, nem pensar: na verdade eu já tinha sido alertado sobre isso, mas confesso que fiquei na expectativa do produto me surpreender nesse quesito. Mas não surpreendeu. Alguns artigos técnicos, que são frequentemente publicados neste formato, são de péssima leitura e visualização no aparelho.

Conclusão: recomendo o produto, mas principalmente para aqueles leitores que gostam de ler títulos em inglês, comprados pela Amazon, e que contenham somente texto, como obras literárias em geral. Não recomendo para aqueles que querem ler livros ou artigos técnicos. Recomendo para estes últimos uma análise da versão do Kindle de 9 polegadas. Nesse tamanho de tela, um arquivo PDF A4 pode ser visualizado de maneira completa na tela, sem necessidade de rolagens ou ampliações.

Boa compra!

Oracle adquire a Sun

Hoje recebi comunicado da Oracle anunciando de forma oficial e definitiva a fusão com a Sun. Imagino que o último entrave, colocado pela União Européia, tenha sido superado.
No e-mail de anúncio, o presidente da Oracle reafirma o que vinha sendo anunciado na imprensa, meses antes dessa oficialização, sobre a continuidade da políticas de software aberto adotadas pela Sun, embora a Oracle seja reconhecida com uma empresa que não adota tais práticas. Bom, pelo menos até o momento.
O mercado todo se pergunta: como ficarão produtos como o MySQL? A Oracle tem seu produto voltado para o mercado de entrada, para pequenas empresas e bancos voltados para a Web, que é o Personal Oracle. Embora no último Sun Tech Days, num dos estandes de propaganda do MySQL, o propagandista alardeava que o mercado do MySQL é totalmente diferente do da Oracle, sabemos que isso não é plenamente a verdade. O MySQL, de fato, tem características que simplificam o uso para emprego do SGBD em sites WEB. Mas o quanto a solução da Oracle está hoje longe disso?
Outra questão: o GlassFish, o servidor referência da Sun para o JEE6, colide com o servidor da Oracle, o WebLogic. Qual será o futuro desse produto?
Essas questões não serão respondidas por meios oficiais, mas eu aposto que várias iniciativas internas já estão sendo tramadas na Oracle para descontinuar – de forma gradual – os produtos gratuitos da ex-Sun que hoje colidem com os pagos da Oracle.
Uma questão especial sobra para o NetBeans: o produto de Oracle, pago e caro, esta ano luz atrás dessa excelente IDE. Qual será a estratégia da Oracle aqui?
Aguardemos… quem quiser saber mais, clique aqui.

Sun Tech Days 2009

Nos dias 8 e 9 de dezembro de 2009 participei do Sun Tech Days 2009 como conferencista. Um dos mais ilustres palestrantes foi o James Gosling que, para quem não sabe, é considerado o “Pai” da plataforma Java. Tive o privilégio em tirar uma foto com ele.Eu e o James Gosling

Clique aqui para acessar os links para as apresentações.

Participei integralmente dos dois dias do evento, apesar da complicada chegada ao local no evento no dia 8, quando uma forte chuva complicou ainda mais o já complicado trânsito de São Paulo.

Uma boa fonte para saber mais sobre a Plataforma Java EE 6 é um seminário via WEB da Sun. Acesse aqui.

Depender do Google

Era o início do ano de 2005, estava em fase final de preparação para encarar a defesa da minha dissertação de mestrado. Naquele momento, aguardava ansiosamente um e-mail, que seria enviado pelo meu orientador, o saudoso Prof. Orlando Loques. Passaram-se uma, duas semanas…. e nada do e-mail chegar. Por diversas vezes entrei em contato com meu orientador, oborrecendo-o com a mesma pergunta: quando será a fatídica data? A resposta era sempre a mesma: aguarde meu e-mail. Cansado de insistir, fiquei eternas duas semanas sem entrar em contato. No momento que entrei, recebi a seguinte resposta: “Márcio, mandei a mensagem duas semanas atrás. Sua defesa será amanhã.”. Dei-me conta que meu e-mail gratuito, num provedor local, tinha me deixado na mão… novamente.

Irritado, e seguindo dica de um colega, crei minha conta no Gmail. O serviço era de primeira: alta qualidade e disponibilidade. Desde então venho sendo testemunha dessa verdade. Afinal, para um serviço gratuito, os recursos oferecidos são sensacionais. Deixei de imediato a conta no meu antigo provedor de lado, e passei a usar minha nova e confiável conta.

Terça passada, dia 1/9/2009, enquanto fazia minha diária viagem para a faculdade onde leciono, recebo pelo rádio a notícia que o Gmail estava fora do ar. Ao chegar na faculdade, deparei-me com o serviço já no ar novamente. Foram menos de duas horas de indisponibilidade, pelo que tive notícia, mas o suficiente para trazer a seguinte pergunta à mente:  até onde podemos confiar em um serviço gratuito? Ocorrendo um problema, a quem reclamar? Não tenho nenhum contrato de nível de serviço com a Google. Como todos os usuários do Gmail, cedo um pouco da minha privacidade pela gratuidade, e autorizo que paraceram na minha tela anúncios direcionados.

O fato é:  acredito do modelo de negócio da Google para o Gmail. A indisponibilidade ocorrida na última terça é normal em qualquer operação de TI, embora não desejável, mas em nada abala minha confiança no serviço do Gmail.